Minha conversa hoje é sobre palavras.
Não quaisquer palavras, mas palavras mágicas, que têm poder.
De abrir e de fechar portas, negócios e oportunidades, por exemplo.
De construir novos horizontes e perspectivas ou de encerrar possibilidades e acabar com as expectativas.
No fim do dia, são as palavras que fazem, são as palavras que ditam, são as palavras que ficam.
Minha palavra contra a sua, você pode dizer.
Mas é fato que em boca fechada não entra mosquito.
E que neste mercado tem muito nhe-nhe-nhem: palavras, palavras, palavras soltas, ao léu, ao vento; falatório. Muito papo para pouco ato. A palavra é maior que a boca, que o gesto, que o fato.
Falar é fácil.
E como tem gente que fala. Daquilo que faz e daquilo que não faz.
Daquilo que fez. Daquilo que o outro fez. Daquilo que iria fazer.
Onde estão aquelas palavras, as que encantam, as de abracadabra?
As que todos querem ouvir pois acalentam, as que todos aplicam porque descomplicam, as que todos aceitam porque respeitam?
Uns falam da falta da ética, outros da falta de princípios, há quem indique a falta de bom-senso e a falta de bom-humor.
Faltam mesmo as palavras que encantam.
As que vêm com boas histórias, convincentes, autênticas, envolventes. Que vêm de oradores bem fundamentados e não de meros atores, papagaios.
Atenção: palavra e pedra solta não têm volta.
Vai ficar só ouvindo ou vai falar alguma coisa?
#fica a dica: pode botar a boca no trombone, mas para meias palavras, o dobro de cuidado. Já dizia Michel de Montaigne:
a palavra é metade de quem a pronuncia, e metade de quem a escuta. Muito acertado. As pessoas tendem a colocar palavras onde faltam ideias. Será?
*Adaptado do Livro Gestão de Encantamento, de Marina Pechlivanis (Reflexão Business, 2018)









