Gifts, dependendo da forma como são planejados, são poderosíssimos.
Primeiro, por despertar desejos — de conhecimento, de contato, de aquisição, de posse, de coleção.
Então começa a articulação de afetos, integrando aos poucos a sua existência às rotinas daquele que o adquiriu. É a fase da convivência.
Passada esta etapa, o dá-se a entrada no universo particular — uma conquista rara e valiosíssima de apreço, criando alto valor simbólico para objetos, experiências e sensações.
Neste momento, a credibilidade do gift chega ao seu momento máximo. Passa a tocar, no sentido literal e no sentido figurado, pois um gift sabe como ninguém fazer moda, mobilizar e fazer vendas. Daí sua vasta circulação como porta-voz de questões comerciais, culturais e sociais.
Peguemos o exemplo da sustentabilidade, que já teve seu auge e virou uma fórmula, que já vem com kit de implementação: texto emocionado; papéis específicos para impressão; gifts ecológicos para relacionamento; até comida eco-friendly tem.
Há alguns anos, foi feita uma intervenção na SPFW distribuindo um copo plástico com apenas 1/3 de água, em uma campanha sobre conscientização ambiental. Distribuídos por promotoras, algumas pessoas pegavam os copinhos personalizados, davam um golinho e jogavam fora, com água e tudo. Outras tantas, com sede, pegavam 2 ou 3 copinhos. Será que a logística teve volumes ampliados na cubagem, interferindo no transporte? E a limpeza do espaço, será que foi ampliada devido aos copinhos jogados no chão? O fato é que virou notícia, com repercussão global e tudo. Ganhou prêmios, por certo, e a execução foi primorosa. Mas, fazendo as contas, foi uma ação sustentável ou apenas a promoção de uma causa sustentável?
Este ano, no Dia Mundial da Água, um jornal aproveitou a mesma estratégia e distribuiu nas ruas copinhos cheios de água, sem personalização nenhuma.
Um ritual gentil, por certo, de entrega simpática, especialmente considerando que se tratava de um dia deveras quente. Mas, daí para ter um vínculo com a causa ambiental… é outra história.
A água está acabando e devemos usá-la com racionalidade. Agora, transformá-la em um item promocional, como veículo da mensagem, é uma estratégia passível de discussão.
Falando em sensações e experiências, outro exemplo: a Exposição “Água na OCA”. Intervenções culturais curiosas. Intervenções artísticas primorosas. Intervenções de marcas…
Vejam só: empresas que dependem de muita água para viabilizar os produtos e serviços que comercializam darem dicas para os consumidores sobre como evitar desperdícios na hora de tomar banho ou de dar descarga, ao lavar o carro ou se divertir na piscina… É educacional, é importante, mas não é um tanto paradoxal?
O consumidor tem a sua carga de responsabilidade, mas certamente o gasto das corporações é geometricamente maior. Sim, estão patrocinando a reflexão sobre a causa – o que é louvável — , mas a bandeira, para se tornar mais factível, deveria primeiramente estar vinculada à postura da corporação, às suas práticas industriais e de comportamento interno.
Material para trabalhar tem muito: segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), uma pessoa precisa de cerca de 110 litros de água por dia, para higiene e consumo geral; o brasileiro chega a gasta o dobro deste volume. Atualmente 1 milhão de pessoas não tem acesso à água. Em 2025, cerca de três bilhões de pessoas sofrerão com a sua escassez considerando o cenário de hoje: mudanças climáticas, secas, aumento populacional e de urbanização, produção descontrolada de lixo e má gestao dos recursos naturais. Ora, já é uma inspiração e tanto para praticar o gifting — dar alguma coisa para receber outra em troca: uma postura, uma mudança de comportamento, uma reflexão sobre a causa.
Campanhas vinculadas a causas? Não vá com sede ao pote.
Reveja seus processos e analise causas e conseqüências para que o discurso da sua ação não vá por água abaixo.
A Supermercado Moderno começou a ter crise de identidade. Solicitamos trabalho de reposicionamento de marca, e a Umbigo fez um estudo profundo com as comunidades que nós servimos e formamos. Excelente, e o resultado foi uma transformação, um reposicionamento superimportante que culminou na troca da marca para SA Varejo, que tem um posicionamento muito diferente hoje, muito claro. O trabalho da Umbigo foi fundamental.
Sérgio Alvim,
CEO Grupo Cinva
Fiquei feliz por ter recapitulado o ano de 2009, primeira vez que tive contato com a Umbigo do Mundo. Na época eu trabalhava com promoção, patrocínio e publicidade no segmento Estilo do Banco do Brasil e precisávamos posicionar a marca como alta renda. A Umbigo foi fundamental para as ativações que fizemos com este público em projetos como SPFW, lançamento do cartão Ourocard bandeira AMEX, dentre outras ações. Inclusive com o público varejo, quando fui para o Centro Cultural Banco do Brasil e tínhamos que falar de cultura, arte, cinema, música com um público mais amplo. A Umbigo sempre esteve do nosso lado: trazendo soluções inovadoras, contemporâneas e com narrativas que não só entregavam a própria ação como davam um sentido para as pessoas participarem. Tanto com o gifting como com as jornadas. Vou dizer algo: a Umbigo do Mundo já falava disso muito antes de se falar em transformação digital e experiência do cliente ou do usuário. Sempre se preocupou com isso, que fez todo o encantamento de todas as ações que fizemos juntos.
Tadeu Figueiró,
Superintendência comercial e marketing da BB SEGUROS
Somos uma empresa do ramo do agronegócio situada no Campo Novo do Parecis, no Estado do Mato Grosso. Trabalhar com a Umbigo do Mundo abriu a nossa mente para novos horizontes. Nós saímos fora da caixa e expandimos as perspectivas em relação ao mercado e ao mundo em que estamos inseridos. Percebemos que o negócio tem o seu brilho, seu ponto positivo. Só falta que esta pedra preciosa seja polida para que isso fique em evidência e para que a gente possa encantar as pessoas que nos rodeiam. A metodologia de Dádivas de Marca ajuda a empresa no autoconhecimento e faz com que possamos nos enxergar pelos olhos de nossos stakeholders e, a partir daí, possamos traçar nossas estratégias. Isso é importante pois às vezes os outros enxergam detalhes que não vemos. Isso nos ajuda a melhorar como um todo o nosso negócio. Não é fácil; exige análise bastante profunda e nesse momento você não fala de coisas tangíveis, materiais, números. Fala de cultura, percepção, sentimento… não que valores financeiros não façam parte da estratégia, mas as percepções coletadas com Dádivas de Marca transcendem tudo isso. No fundo é algo que sempre este ali em nosso negócio, mas que a partir de agora passamos a visualizar de outra forma. A partir do momento que todo este trabalho veio para uma só unidade e criamos a nossa Dádiva de Marca, melhoramos nosso envolvimento com nossa equipe, fortalecemos as nossas dádivas, que é exatamente o que vai nos diferenciar no mercado.
Dulce Chiamulera Ciochetta,
sócia-proprietária do Grupo Morena